Bactérias e Manipulação Genética

Bactérias e Manipulação Genética

  Seres unicelulares e procariontes, as bactérias são classificadas no Reino Monera. Existem milhares de espécies conhecidas que apresentam formas, habitats e metabolismo diferentes.
Alguns desses microrganismos são causadores de doenças, mas também há bactérias com grande importância ecológica (como as espécies fixadoras que participam do ciclo do nitrogênio e as decompositoras da cadeia alimentar) e econômica (usadas em vários processos industriais).As bactérias podem ter diferentes formas: esférica (cocos), de bastões (bacilos), espiraladas (espirilo), de vírgula (vibrião), entre outras.
Além disso, podem se juntam em agrupamentos, mas mantendo sua individualidade, que permite que vivam separadamente.


Estrutura da Célula 

A célula bacteriana é procariótica, ou seja, o material genético fica disperso no citoplasma e é constituído de uma molécula circular de DNA, chamada nucleoide. Além do nucleoide, pode haver também moléculas adicionais de DNA circular, os plasmídeos. A presença dos plasmídeos ajuda a defender as bactérias da ação de antibióticos, pois contêm genes resistentes.Também estão no citoplasma diversos ribossomos que produzem proteínas.Revestindo a célula bacteriana está a membrana plasmática, que delimita o citoplasma e mais externamente um envoltório rígido, a parede bacteriana ou membrana esquelética, que protege a célula contra a entrada de água por osmose, que faria a bactéria estourar.Em algumas bactérias pode haver ainda uma camada mais externa chamada cápsula, que protege da desidratação, defende de ataques de bacteriófagos e de serem fagocitadas e ainda auxilia a fixação às células dos hospedeiros.

 Reprodução 

 A reprodução das bactérias é assexuada, geralmente por divisão binária (ou fissão binária), em que o cromossomo é duplicado e depois a célula se divide ao meio originando duas bactérias idênticas.É um processo extremamente rápido, o que explica a rápida proliferação bacteriana em infecções, por exemplo.Outro modo é através da esporulação, que acontece em condições adversas como falta de água e nutrientes, calor extremo, entre outras.

Nesse caso, a célula sofre um espessamento do envoltório e interrompe o metabolismo, formando assim um esporo chamado endósporo. Esse endósporo é capaz de viver em completa inatividade por anos.




As bactérias são frequentemente usadas na engenharia genética, possuindo assim grande potencial biotecnológico. O hormônio do crescimento, responsável pelo nosso crescimento, atualmente é produzido por bactérias geneticamente modificadas através da engenharia genética. Os custos nesse caso são muito menores do que a extração desse hormônio através do modelo clássico, onde se retirava o hormônio de cérebros de carneiros.
A insulina, hormônio produzido no pâncreas e utilizado no tratamento de diabetes também já é produzida por bactérias modificadas. A bactéria recebe o gene responsável pela produção de insulina em humanos e começa a produzir o hormônio. Esse processo é mais vantajoso do que a extração de insulina feita a partir de pâncreas suíno e bovino, pois possui menos rejeição.
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A engenharia genética também possibilitou a produção de anticorpos monoclonais através da clonagem de genes em bactérias. Os anticorpos monoclonais são utilizados no tratamento de alguns tipos de câncer.
Apesar da sua importância, ainda há muita polêmica em torno da engenharia genética, pois inclui modificação de material genético e clonagem. Entretanto, percebe-se que esta técnica é importante, pois permite que organismos, como as bactérias, sejam reprogramados para a produção de substâncias uteis.

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