Taxonomia
Taxonomia é o processo que descreve a diversidade dos seres vivos.
Esse processo é feito usando artifícios como a classificação e
nomenclatura. A classificação consiste em colocar os indivíduos em
grupos com base em alguns critérios. A nomenclatura dá nome aos
indivíduos e aos grupos a que eles pertencem. Por isso cada pedaço
agrupado desses indivíduos, sejam eles grupos grandes ou um só
indivíduo, é chamado de táxon.
Caráteres morfométricos são as medidas de largura, comprimento e diâmetro de estruturas corporais como por exemplo diâmetro dos olhos, comprimento da cabeça. A determinação desses caráteres pode não ser tão precisa por depender de técnicas que correm risco de erros. Outro detalhe é a variação das medidas ao longo do desenvolvimento dos seres (alometria).
Caráteres anatômicos estudam a anatomia dos indivíduos a serem classificados. Isso inclui o esqueleto, órgãos, músculos, vasos sanguíneos etc.
Caráteres moleculares são o DNA (tanto nuclear quanto mitocondrial) e RNA dos indivíduos.

Note que o cachorro-do-mato pertence ao gênero Cerdocyon, que é diferente do gênero da raposa-do-campo e do graxaim-do-campo: Pseudalopex. Isso indica que, apesar de as três espécies serem parecidas, elas também apresentam muitas características diferentes, de tal forma que não são agrupadas no mesmo gênero. Com essas informações, podemos concluir que, de acordo com essa classificação, a raposa-do-campo e o graxaim-do-campo apresentam mais características em comum entre si do que com o cachorro-do-mato.
Origem
A taxonomia teve início dentro da escola Essencialista-Lineana. Essencialista é a classificação dada para o processo de agrupar táxons por semelhanças compartilhadas. O nome Lineana vem de Carl Linneaus que criou o sistema de nomes usado até hoje, o sistema binomial.Evolução
Há uma lógica para que seja feita uma classificação mais coerente possível. Essa lógica seguida é evolutiva. A evolução estipula que os indivíduos se relacionam na descendência deles, que vem de um ancestral em comum. Sendo assim, como há um ancestral comum entre os táxons, a história evolutiva é contada com base nas novidades evolutivas (modificações).Caráteres taxonômicos
Caráteres merísticos são aqueles com relação às estruturas externa do corpo como por exemplo número de membro, de escamas etc.Caráteres morfométricos são as medidas de largura, comprimento e diâmetro de estruturas corporais como por exemplo diâmetro dos olhos, comprimento da cabeça. A determinação desses caráteres pode não ser tão precisa por depender de técnicas que correm risco de erros. Outro detalhe é a variação das medidas ao longo do desenvolvimento dos seres (alometria).
Caráteres anatômicos estudam a anatomia dos indivíduos a serem classificados. Isso inclui o esqueleto, órgãos, músculos, vasos sanguíneos etc.
Caráteres moleculares são o DNA (tanto nuclear quanto mitocondrial) e RNA dos indivíduos.
Sistema binomial
Carl Linneaus criou esse sistema de nomenclatura que se tornou usado mundialmente e unificou a comunicação entre os pesquisadores. Assim foram criados os nomes científicos que são usados para identificar qualquer espécie em qualquer lugar do mundo. Os nomes científicos são compostos por dois nomes que são criados com base no latim. O primeiro nome é sempre escrito com a primeira letra maiúscula e identifica o gênero ao qual aquele indivíduo pertence. O segundo nome é escrito com todas as letras minúsculas e identifica especificamente o indivíduo. Os dois nomes juntos identificam a espécie, como por exemplo o tubarão branco Carcharodon carcharias. Toda vez que escritos, esses nomes devem ser destacados em negrito, itálico ou sublinhados.Princípio da prioridade
O princípio da prioridade define que o primeiro nome registrado dado ao indivíduo é o válido e o que deve ser usado. Esse primeiro indivíduo analisado é considerado o indivíduo holótipo. Lectótipo é o indivíduo escolhido dentre um grupo; neótipo é o nome dado o espécime que é colocado para substituir o holótipo em caso de perda; parátipos são os espécimes adicionais usados para a descrição.O sistema natura de Lineu
Em 1735, o cientista sueco Carl von Linné, ou Lineu, (1707-1778) propôs um sistema de classificação que ficou conhecido por sistema natural.
Lineu
era bastante religioso e sua proposta buscava reproduzir o que ele
acreditava ser a ordem divina da criação dos seres vivos.
Lineu classificou uma enorme variedade de seres vivos e, por isso, é considerado por muitos o “pai” da taxonomia moderna.
Lineu
acreditava que os seres vivos haviam sido criados por Deus e, portanto,
que as espécies não mudavam ao longo do tempo. A partir da teoria de
Darwin sobre a seleção natural, como veremos no próximo capítulo, um
novo critério para classificação teve de ser adotado, para que fossem
consideradas as relações de parentesco evolutivo das espécies. Esse
critério deveria, portanto, considerar que as espécies se transformam ao
longo do tempo.
Essa
mudança implicou em novas interpretações da taxonomia e da nomenclatura
propostas por Lineu, muito embora as bases propostas por ele ainda
sejam usadas.
As categorias de classificação – Grupos taxonômicos
As categorias de classificação dos seres vivos
(grupos taxonômicos) propostas por Lineu, e usadas até hoje, são:
espécie, gênero, família, ordem, classe, filo e reino (da menos
abrangente para a mais abrangente).
Espécie é um grupo de organismos semelhantes que, em condições naturais, são capazes de acasalar e produzir descendentes férteis.
Quando
diferentes espécies apresentam muitas semelhanças entre si, elas são
reunidas em um grupo mais abrangente, formando uma nova categoria,
chamada gênero.
São
conhecidas, atualmente, por volta de um milhão e setecentas mil
espécies de seres vivos. Para nomeá-las, utiliza-se o sistema de
nomenclatura criado por Lineu. no qual cada espécie apresenta um nome científico.
De
acordo com esse sistema de nomenclatura, que obedece a certas regras,
os nomes científicos são formados por duas palavras, em latim. Por esse
motivo também é conhecido por sistema binomial.
Veja o exemplo abaixo.
Duas palavras indicam o nome científico da espécie. A primeira palavra indica o gênero a que
o organismo pertence e deve começar com letra maiúscula. A segunda palavra deve começar com letra minúscula e sempre vir acompanhada da primeira. Os nomes científicos devem aparecer destacados do resto do texto, podendo ser escritos em itálico, em negrito ou grifados.
Quando
se conhece apenas o gênero, costuma–se colocar “sp.’ que significa uma
“espécie do gênero”, e deve vir sem nenhum destaque (itálico, negrito ou
grifo). Por exemplo, leão e tigre podem ser chamados de Panthera sp.
Os nomes populares são
aqueles usados em conversas ou textos informais, sem caráter
científico. Como os nomes populares podem variar de uma região para
outra, os nomes científicos são mais indicados para se
fazer classificações, pois são universais, ou seja, são iguais em
qualquer região do planeta. Por exemplo: macaxeira, aipim e
mandioca-mansa são diferentes nomes populares usados no Brasil para se
referir à planta Manihot esculenta.
Para
entender melhor o sistema natural de Lineu, veja um exemplo com três
espécies brasileiras, cujos nomes populares são: raposa-do-campo,
graxaim–do-campo e cachorro-do-mato.

Note que o cachorro-do-mato pertence ao gênero Cerdocyon, que é diferente do gênero da raposa-do-campo e do graxaim-do-campo: Pseudalopex. Isso indica que, apesar de as três espécies serem parecidas, elas também apresentam muitas características diferentes, de tal forma que não são agrupadas no mesmo gênero. Com essas informações, podemos concluir que, de acordo com essa classificação, a raposa-do-campo e o graxaim-do-campo apresentam mais características em comum entre si do que com o cachorro-do-mato.
De
acordo com o sistema natural de classificação de Lineu, um conjunto de
diferentes gêneros com organismos que apresentam características em
comum são agrupados em outra categoria, mais abrangente, chamada
família.
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